terça-feira, 11 de setembro de 2007


Igual a Censura



Alguns que leio,
Envergam-me
De tristeza.
Falta de energia
Que move as engrenagens
Do conhecimento.
Assim que presencio
O ato explicitamente explicito
Roubam-me
O que define a morte
De qualquer sábio.

Curiosidades.

Das declarações mais lindas
Aos sonetos mais complexos,
Se logo de começo
For mostrado linha a linha,
Explicitamente, já esqueço
Desses poemas virados aos avessos.




Daniel Rodrigues Guimarães

sábado, 8 de setembro de 2007

Sem Rumo


Caminho sem rumo
Pela estrada do meu tempo
Meus sapatos, o presente que tenho
São meus pés, em todo ou qualquer tipo de terreno.

O passado já foi, nem me despedi,
A estrada a diante
Não sei, nem como é
Se for muito distante.

Avant-garde
Somente indo para frente.
Se no meio do caminho
Uma pedra houver, no meio do caminho
Uma pedra não me tornarei.

Os obstáculos, coitados,
Serão transpostos
Pelo meu rumo sem rumo,
Um de cada vez.

E na estrada do tempo
Mergulho escuridão a dentro
Enquanto vou vendo
Minha preciosas memórias serem construídas
Com meus sapatos na estrada
E nas paisagens da vida.


Daniel Rodrigues Guimarães

Deus Homem



Perguntam-me
Em qual deus acredito
No deus homem, respondo.
O primeiro e mais perfeito dos deuses,
Cujo maior perfeição
É duvidar, não saber, procurar saber,
Aproveitar o que tem, saber que tem fim,
Ser submisso, saber obedecer, saber fingir não saber,
Odiar alguns, amar outros, reconhecer vários,
Criar, destruir, poder transformar,
Fazer outros perfeitos iguais a si,
Ser o deus, o próprio.
Ou apenas imaginar e reverenciar falsos deuses,
Falsas perfeições, malditas lindas ilusões.



Daniel Rodrigues Guimarães

Morte e Vida


Tudo que quero é a morte
Para um mundo que está com um corte,
No fundo de seu desfiladeiro,
Cheio de caveiras do desespero;

Tudo que quero é a vida,
Para aqueles que a conhece
Não como uma saída,
Mas sim como finita sabedoria;

Tudo que quero é a destruição
Causada por guerras da perdição,
Lideradas por aqueles que acreditam na salvação;

Tudo que quero é a criação
De um universo onde a razão,

Reina no lugar da perfeição;

Tudo que quero é saber viver

De opostos que se atraem,
Para compreender o ciclo infinito do saber.



Daniel Rodrigues Guimarães
Conheci você navegando...
Para Karine Pawlak



Em um mar de informação
Que levou um homem a contemplação
De achar o que ele sonhava encontrar
Um ser para amar

Um ser que não parece ser
Pois nenhum ser se compara a esse ser
Por ser um ser
Que transcende o próprio ser

Foi tão bom te encontrar
Linda sereia, nesse lugar
Onde podemos mergulhar
Num mundo de fantasias, se desejar

Fui atraído por sua canção
Que pode levar um coração
A tentar sem parar
De encontrar um jeito de te falar

Que te amar
É mais necessário do que respirar.



Daniel Rodrigues Guimarães
Formigueiro



Se alimentando daqueles de que não vivem sem.
Parasitas da corrupção que não se retém,
Escondem-se de baixo dos mantos,
Humilde, mansos,
Livres como águias a caçar
Formigas que não param de trabalhar
Com uma única esperança, orgulhosas, que têm,
Fé em esperar, um ser mágico, que não vem.




Daniel Rodrigues Guimarães

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Minha Meta



Minha meta não é um por mês
Ou um por semana
Ou um por dia
Minha meta é fazer poesia
Seja sobre fundo de bacia
Ou das eternas melodias
Para João e Maria
Ou para os abastados e suas ninharias
Com versos rimados com alegria
Ou simples metáforas cheias de energia
Não importa.

_Penso cada dia:
___________Cada dia penso:

______________________Tudo na poesia

_________________________________Está na vida.


Daniel Rodrigues Guimarães

Jeans



Alegra a forma
Que se sentia sem forma
Forma uma nova forma
Apertada forma
Mas muito deforma
A natural forma




Daniel Rodrigues Guimarães