--Mamãe! Mamãe! Deus morreu!
--Não te preocupes, amanhã ele volta.
--Mãe, ele não voltou não...
--Não te preocupes, amanhã ou depois ele volta.
--Vovó, Deus vai voltar?
--Oh minha netinha...
Daniel Rodrigues Guimarães
(Daniel Rodrigues Guimarães)
Fale, e não diga.
Não possui o direito, não minta.
Venha e beije, não encoste.
Mate e viva, não o considere: o corte.
Pois amanhã será guerra,
Talvez, sem sangue azul,
Amarelo ou verde,
Pegue e congele, congela.
Não é verde: é vermelho.
Surpresa, presa do destino,
Sina, sina, sina.
Bate o sino gelado.
Desista, não omita,
Não cometa, sem conquista:
Aquele que negar uma ordem!
Terá sua vez,
Sua guerra, suas mortes,
Sua mão, suas noites.
Mate-os! Corte-os!
Sina desejada!
Sorriso aguardado.
Vitória!
Vitória!
Marcas das pelejas.
Guerra.
Amanhã será guerra!
Brilham as almas.
Brilham aos pares:
“Amanhã será minha vez;
Que meu sangue sem cor
Se corrompa mais uma vez!
Porém, com o fervor do ataque:
Minha vingança não é doce,
É ácida!
Minha sanha, vontade de marcar
Novos simplórios!
Que continue o ciclo!
E eu ovárico!
De vingadores,
De cicatrizes,
De soldados:
Veteranos de guerra!”
Daniel Rodrigues Guimarães